segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Conheça o potiguar que dedicou 50 anos de carreira ao futsal no RN

Cinquenta anos servindo ao América, vinte como jogador e trinta como treinador. Nada menos que 1.268 partidas vestindo a camisa alvirrubra. Arthur Ferreira de Melo Júnior, conhecido pela maioria como "Arthurzinho do futsal" ou, simplesmente, Arthurzinho, tem um currículo invejável no esporte do coração e um amor incondicional pelas cores do clube da Avenida Rodrigues Alves. Hoje com 70 anos, Arthurzinho se enche de saudade e orgulho para falar sobre sua trajetória no futebol de salão, mas revela que sua felicidade não é completa. "Para minha felicidade ser completa só falta o América voltar a ter seu time de futsal".

Como torcedor Arthurzinho começou a acompanhar o América ainda com cinco anos de idade, motivado pela família, toda formada por torcedores americanos. Como jogador, chegou as clube aos 16, por influência do presidente Heriberto Bezerra e sua esposa, Maria da Conceição Bezerra, a quem demonstra profunda admiração e gratidão. "Os considero meu segundo pai eminha segunda mãe", diz.

Depois de começar no futsal jogando pelo Bola Preta, Arthurzinho viu sua vida mudar radicalmente depois que chegou ao América, onde colecionou glórias e histórias. "Foi excepcional para mim", comenta. Atuou em 526 partidas, conquistou 13 títulos do Campeonato Norte-riograndense, nove Estaduais, quatro edições da Copa do Nordeste e o vice-campeonato Brasileiro, em 1970, o que considera ter sido a maior alegria de sua carreira como jogador e um dos maiores títulos da história do América Futebol Clube.

Depois de 20 anos dentro das quadras Arthurzinho aceitou o desafio de comandar o time de futsal americano como treinador. Nessa função lá se foram nada menos que 30 anos de dedicação, de 1977 até 2007, quando o clube encerrou as atividades da modalidade. Nesse período foram mais 13 títulos do Norte-riograndense e seis Estaduais. Ao todo, como jogador e técnico, Arthurzinho acumulou 46 títulos em quase 1,3 mil partidas pelo América. Paralelamente a isso ainda jogou durante 18 anos pela Seleção de Futsal do Rio Grande do Norte, onde foi capitão por 12 anos e conquistou seis Campeonatos do Nordeste - cinco como jogador e uma como treinador.

Se como jogador a maior alegria de Arthurzinho foi ser vice-campeão Brasileiro, à beira das quadras sua maior glória foi a conquista do tetracampeonato estadual em 2004. Também não seria por menos: Wendel, um dos quatro filhos de Arthurzinho, era um dos jogadores. "Foi uma alegria múltipla. Pelo América, pelo meu filho e pelo título", lembra o desportista. Se os outros já tiveram vez para falar sobre suas alegrias, o Arthurzinho torcedor também pode. Para ele seu maior orgulho como americano é fazer parte de um seleto grupo, o de sócios beneméritos do clube. "Apenas 14 pessoas, entre mortos e vivos, têm esse título e eu sou uma delas. Isso é um motivo de grande orgulho para mim", salienta Arthur.

A história de Arthurzinho no América não está restrita ao salão. Além de sócio-benemérito, conselheiro e uma das pessoas mais respeitadas dentro do clube, ele aindatrabalhou durante 28 anos como preparador físico do time de futebol profissional. Nessa função participou das campanhas de 13 estaduais, acesso à Série A em 1996 e da Copa do Nordeste, em 1998, título mais importante para o futebol rubro, segundo ele. 

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